quinta-feira, 24 de março de 2011

Teatro: A Bonequinha Preta


Realizar a abertura do projeto de icentivo à leitura, mas de que maneira ? Algo que entretesse os alunos...
E a EMEF Vítort Meirelles conseguiu com o apoio de sua equipe: professores e funcionário.
Tivemos o início do evento uma apresentação dos 1º anos da profªa Valquíria, com um canto coral referente ao alfabeto e as aventuras da leitura, a visita de um ônibus de Joinville que funciona como biblioteca móvel onde Hilda e Eliete contam histórias dentro do ônibus.
O ponto alto do evento foi o teatro da Bonequinha Preta , interpretado pelos funcionários, quer arrancou suspiros, lágrimas e risos de nossos alunos.
A peça foi inspirada no livro de Alaíde Lisboa e Oliveira, onde retrata a vida de Mariazinha que tinha uma boneca preta, a menina fazia de tudo com a boneca, brincava, dava banho, dormia. A história fica ainda mais enrgaçada quando Mariazinha sai de casa e a bonequinha Preta fica sozinha.
Da peça de teatro participaram: Mariane(diretora) - Bonequinha Preta, Jeana Danielly (supervisora) - Mariazinha, Nádia(professora) - verdureiro, Vanilde(servente) - ´mãe da Mariazinha, Franciele (bolsista) - gatinho, Daniele (secretária) - narradora, Maria Helena (aux de biblioteca) - narradora.
Mais uma vez a nossa escola colocou em seu enredo de eventos um momento que possamos refletir e conscientizar nossos alunos com temas oriundos à africanidade, preconceito e valores.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Murugawa: mitos, contos e fábulas do povo Maraguá

O livro é composto por mitos, contos e fábulas, com as crenças e os ensinamentos do povo Maraguá. Com muita imaginação e criatividade, o autor transpõe da linguagem oral para a escrita as tradições e crendices de seu povo, que se assemelha a de muitas nações indígenas brasileiras, com alguns personagens já conhecidos: o boto, Mboi tatá, Curupira, mãe da mata, criaturas importantes, que não poderiam faltar em relato de autoria indígena. E aqui com o grande diferencial de aparecerem no seu habitat natural, narrado por um nativo.

Na obra, o autor adota o nome de sua família indígena ressaltando sua origem, o que significaria uma valorização de sua cultura que é mais do que uma auto-afirmação, não só para ele, mas também para as crianças indígenas/não indígenas brasileiras. É um grande passo em direção a um futuro melhor, com cidadãos conscientes da diversidade e riqueza cultural de nosso país.

O livro é enriquecido pelas belas ilustrações que retratam a natureza, envolvendo ainda mais o leitor na leitura. Recomendo a leitura pois além de ser envolvente valoriza as obras dos nosso indígenas, consequentemente sua cultura e suas vivências.

Viagem ao Centro da Terra

Júlio Verne é um escritor que quase chega a parecer um profeta, pois em seus livros ele prevê, de certa forma, futuras inovações científicas. Ele é, antes de tudo, um excepcional narrador de histórias. Este livro é um testemunho vivo de sua genialidade na esfera da ficção científica.

Embora os cientistas tenham levado a Ciência a avanços inimagináveis, que levam a fantasia de Verne a uma certa defasagem, sua narrativa não perde jamais o encanto. Em Viagem ao Centro da Terra, o original Professor Lidenbrock, residente em Hamburgo, na Alemanha, depara-se repentinamente com um enigmático manuscrito ao adquirir uma obra ancestral.

Ao investigar o estranho documento, com o auxílio de seu sobrinho Axel, ele consegue finalmente decifrar o seu conteúdo. De autoria do alquimista islandês Arne Saknussemm, ele remonta ao século XVI. Nele uma inesperada descoberta: uma espécie de mapa que conduz ao núcleo central da terra, através de um vulcão desativado, o Sneffels, situado justamente na ilha onde Arne nasceu.

O pupilo de Lidenbrock não acredita muito nesta revelação, mas é persuadido pelo tio e, junto com Hans, nativo de confiança, que os guia nesta aventura, partem um mês após o recente achado. Logo eles ingressam no interior do Planeta, contrariando, as leis científicas conhecidas até a atualidade, pois segundo os cientistas, o intenso calor existente nesta região impediria qualquer expedição ao seio da terra, tese também defendida por Axel.

Depois de passarem por inúmeros feitos extraordinários, como atravessar incontáveis poços e passagens, cruzar com uma imensa caverna preenchida por águas marinhas, percorrer uma floresta povoada por cogumelos, presenciar uma luta entre monstros originários da pré-história do Planeta, e ter uma visão dos humanos pertencentes à era terciária, os protagonistas desta jornada conseguem inesperadamente retornar à superfície terrestre, através do vulcão Etna, localizado na Sicília.

O cientista e seu sobrinho se tornam famosos por sua fantástica realização. Axel é o narrador desta história, o eixo sólido e concreto do trio que embarca na jornada pelo centro da terra. É fácil o leitor se identificar com este personagem, pois, ao contrário dos outros dois, ele sofre com as intempéries da jornada. Porém, quando tudo muda e as coisas vão bem, ele se empolga com a aventura.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Meu tataravô era africano

As lutas do povo africano
Quando se aprende na escola, nas aulas de história, sobre o período da escravidão no Brasil, se tem a impressão que o negro sempre foi passivo diante desse sistema. Para quebrar esse mito, as autoras Georgina Martins e Teresa Silva Telles lançam "Meu tataravô era africano" fruto de uma extensa pesquisa com ilustrações que detalham o sofrimento, as lutas e as crenças desse povo que foi feito escravo no Brasil. Ilustrado por Maurício Negro, o título ajuda a desvendar uma parte da história brasileira, com forte apelo didático. Trechos de canções, poemas, mapas, recortes de jornais da época e infográficos são alguns dos elementos que enriquecem o teor educativo do livro, tornando-o um grande aliado na sala de aula.

O Diário de um Banana

Jeff Kinney

Nesta ótima obra, Jeff nos conduz a vida de um garoto chamado Greg Heffley, de apenas onze anos, tendo de enfrentar os desafios que a maioria das pessoas já passou no ensino fundamental. Além dos desafios da escola, ele tem que conviver com sua própria família, que cá entre nós, passa um pouco longe de ser “ideal”.

Para resolver seus problemas, ele começa a inventar vários esquemas junto com seu melhor amigo Rowley Jefferson, e em quase todas às vezes acabam mal.

Nessa atmosfera se desenrolam várias trapalhadas por parte de Greg e Rowley, com um enredo um tanto simples, ótimo para quem quer ler algo apenas para entreter o tempo livre.

Greg é um personagem muito bem feito por Jeff, ele consegue dar comentários ácidos a quase todas as páginas e retrata bem os esquemas engenhosos e trapalhadas nas quais o jovem se mete de forma um tanto “complicada”, e ainda assim demonstra certa inocência típica de um garoto de 11 anos que apenas está começando a desvendar as coisas da vida.

Mas, como eu já disse, o enredo que compõe o livro é simples, então não espere algo muito profundo e reflexivo na história que compõe a obra ou desafios dignos de gente grande na vida de Greg, pois estes muitas das vezes podem parecer simples ou um tanto infantis para aqueles que convivem no “mundo dos adultos”. Afinal, ele só tem 11 anos.

Assim, Diário de um Banana é um livro focado apenas no entretenimento e comédia, ótimo para pessoas que ainda não tem o hábito de ler – sendo um belo livro para se dar de presente, por exemplo ­-, ou para aqueles leitores que apenas querem relaxar um pouco depois de um duro dia de trabalho.

É o tipo de livro que faz você viajar alguns anos atrás no tempo, quando a vida era bem mais simples que agora, mas que muitos de nós considerávamos a pior fase possível na época: o ensino fundamental.

Percy Jackson e os Olimpianos

A grande profecia, a qual todos temiam, tratava de um meio-sangue, o primeiro filho de um dos Três Grandes a completar 16 anos. Percy está a alguns dias de seu décimo sexto aniversário. Cronos e sua tropa se aproximam e os deuses estão ocupados enfrentando um monstro milenar. Caberá aos heróis do Acampamento Meio-Sangue a missão de proteger o Olimpo.
Sabe aqueles finais de série totalmente decepcionantes, em que perguntas não são respondidas e ficamos sentindo que faltou algo? Esse não é o caso. E se algo ficou sem explicação eu não percebi. Pra mim tudo foi perfeitamente explicado, sem enrolações. A batalha – que na verdade não foi só uma – foi dinâmica, com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que não temos vontade de piscar, com medo de perder algo. Adorei o mapa da batalha, que me fez visualizar tudo muito melhor e, por um momento, me senti em Manhattan. Fiquei triste com a perda de alguns heróis a quem tinha me apegado, angustiada em não saber quem era o espião entre os campistas, e a verdade me surpreendeu. Por falar em surpresas, eu realmente não esperava que o confronto final se desenrolasse da fora que se desenrolou, o que superou minhas expectativas. Foi um final tão encantador, esperançoso e em aberto que eu não senti como se fosse uma despedida de verdade. Sinto como se estes personagens queridos estivessem a apenas uma mensagem de Íris de distância.