quinta-feira, 10 de março de 2011

Viagem ao Centro da Terra

Júlio Verne é um escritor que quase chega a parecer um profeta, pois em seus livros ele prevê, de certa forma, futuras inovações científicas. Ele é, antes de tudo, um excepcional narrador de histórias. Este livro é um testemunho vivo de sua genialidade na esfera da ficção científica.

Embora os cientistas tenham levado a Ciência a avanços inimagináveis, que levam a fantasia de Verne a uma certa defasagem, sua narrativa não perde jamais o encanto. Em Viagem ao Centro da Terra, o original Professor Lidenbrock, residente em Hamburgo, na Alemanha, depara-se repentinamente com um enigmático manuscrito ao adquirir uma obra ancestral.

Ao investigar o estranho documento, com o auxílio de seu sobrinho Axel, ele consegue finalmente decifrar o seu conteúdo. De autoria do alquimista islandês Arne Saknussemm, ele remonta ao século XVI. Nele uma inesperada descoberta: uma espécie de mapa que conduz ao núcleo central da terra, através de um vulcão desativado, o Sneffels, situado justamente na ilha onde Arne nasceu.

O pupilo de Lidenbrock não acredita muito nesta revelação, mas é persuadido pelo tio e, junto com Hans, nativo de confiança, que os guia nesta aventura, partem um mês após o recente achado. Logo eles ingressam no interior do Planeta, contrariando, as leis científicas conhecidas até a atualidade, pois segundo os cientistas, o intenso calor existente nesta região impediria qualquer expedição ao seio da terra, tese também defendida por Axel.

Depois de passarem por inúmeros feitos extraordinários, como atravessar incontáveis poços e passagens, cruzar com uma imensa caverna preenchida por águas marinhas, percorrer uma floresta povoada por cogumelos, presenciar uma luta entre monstros originários da pré-história do Planeta, e ter uma visão dos humanos pertencentes à era terciária, os protagonistas desta jornada conseguem inesperadamente retornar à superfície terrestre, através do vulcão Etna, localizado na Sicília.

O cientista e seu sobrinho se tornam famosos por sua fantástica realização. Axel é o narrador desta história, o eixo sólido e concreto do trio que embarca na jornada pelo centro da terra. É fácil o leitor se identificar com este personagem, pois, ao contrário dos outros dois, ele sofre com as intempéries da jornada. Porém, quando tudo muda e as coisas vão bem, ele se empolga com a aventura.

Um comentário:

  1. Julio Verne é atemporal. Como você mencionou, mesmo com o desenvolvimento da ciência, seus livros nao perderam o valor narrativo e literário.

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